Conhecendo o Plástico

Um importante fator que facilita a comercialização de plásticos recicláveis é a conscientização sobre a importância de separar, com capricho e conhecimento, cada tipo de plástico em seus respectivos fardos. A separação criteriosa do material na hora de prensar valoriza o produto junto às indústrias consumidoras. Portanto, todo o conhecimento é importante nesse mercado.

 
A reciclagem do plástico começou a ser realizada pelas próprias indústrias para o reaproveitamento de suas perdas de produção. Quando o material passou a ser recuperado em maior quantidade - separado do lixo - formou-se um novo mercado, que absorveu modernas tecnologias para possibilitar a produção de artigos com percentual cada vez maior de plástico reciclado.

 

DIFERENÇA BÁSICA

 

  • Plástico filme

Plástico filme é uma película plástica normalmente usada como sacolas de supermercados, sacos de lixo, embalagens de leite, lonas agrícolas e proteção de alimentos na geladeira ou microondas. O material constitui 38% das embalagens plásticas em geral nos Estados Unidos.

Após ser separado do lixo, o plástico filme é enfardado para a reciclagem. Na recicladora, o material passa pelo aglutinador, uma espécie de batedeira de bolo grande que aquece o plástico pela fricção de suas hélices transformando-o em uma espécie de farinha. Em seguida, é aplicada pouca água para provocar um resfriamento repentino que resulta na aglutinação: as moléculas dos polímeros se contraem aumentando sua densidade, transformando o plástico em grãos.

Assim, ele passa a ter peso e densidade suficientes para descer no funil da extrusora, a máquina que funde o material e o transforma em tiras - o "espaguete".

Na última etapa, este "espaguete" passa por um banho de resfriamento e são picotados em grãos chamados "pellets", que são ensacados e vendidos para fábricas de artefatos plásticos.

 

  • Plástico rígido


Leve, resistente e prático, o plástico rígido é o material que compõe cerca de 60% das embalagens plásticas no Brasil. São garrafas de refrigerantes, recipientes para produtos de limpeza e higiene e potes de alimentos. É também matéria-prima básica de bombonas, fibras têxteis, tubos e conexões, calçados, eletrodomésticos, além de baldes, utensílios domésticos e outros produtos.

Existem sete diferentes famílias de plásticos, que muitas vezes não são compatíveis quimicamente entre si. Ou seja, a mistura de alguns tipos pode resultar em materiais defeituosos, de baixa qualidade, sem as especificações técnicas necessárias para retornar à produção como matéria-prima. São os seguintes os plásticos rígidos mais comuns no mercado brasileiro:

- Polietileno Tereftalato (PET), usado em garrafas de refrigerantes;

- Polietileno de Alta Densidade (PEAD), consumido por fabricantes de engradados de bebidas, baldes, tambores, autopeças e outros produtos;

- Cloreto de Polivinila (PVC), comum em tubos e conexões e garrafas para água mineral e detergentes líquidos;

- Polipropileno (PP), que compõe embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis e utilidades domésticas, entre outros;

- Poliestireno (PS), utilizado na fabricação de eletrodomésticos e copos descartáveis.